Fazendo escolhas

meditar1
O dia amanheceu chuvoso, o trânsito estava engarrafado e o terminal rodoviário também. Uma confusão de ônibus para todos os lados. Impacientes, alguns passageiros começaram a gritar, pedindo para o motorista abrir a porta em um lugar indevido. Ele se recusou. Mais gritaria. Assim começou a terça-feira. Quente, mesmo em dia de frio.

Aquilo tudo foi me irritando profundamente. Mas não havia nada que eu pudesse fazer. Impossível voltar no tempo e sair de casa ainda mais cedo para evitar o trânsito. E eu chegaria atrasada mesmo se o motorista abrisse a porta.

Nessa hora, já cansada de tanta gritaria e imaginando que o dia seria difícil se já havia começado estressante, eu tomei uma decisão: não deixar com que todo o meu dia fosse influenciado pelo que tinha acontecido nas primeiras horas da manhã. E, incrivelmente, consegui.

Preferi não ficar desesperada, nem nervosa e fazer as coisas no ritmo que estavam. Eu também não tinha como adiantar a barca, afinal. Pensei em coisas boas, fiz mentalmente a tabela de coisas que precisavam ser resolvidas no dia, durante a travessia adiantei a leitura para fazer um trabalho. Eu me atrasei, sim. Em 10 minutos.

Suponho que os demais tenham se atrasado o mesmo tempo que eu. Com a diferença de que ficaram desesperados e devem estar estressados até agora. Porque com tanta gritaria e mau humor as outras horas do dia não devem lá ter sido muito boas.

Se algumas coisas independem da nossa decisão, que ao menos possamos escolher nossos próprios pensamentos. E fazer esse exercício todos os dias.

            

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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