Como reconhecer um amigo

Dizem que reconhecemos os verdadeiros amigos quando passamos por dificuldades. Realmente esperamos que eles estejam conosco durante as situações adversas pelas quais passamos na vida. Prestando apoio, incentivando e, principalmente, ouvindo nossas lamúrias. Pode ser uma briga com o amado, o fim de um relacionamento, uma dificuldade financeira, um problema familiar, uma doença, desemprego ou qualquer outra situação.

Na minha cabeça amigos são aqueles que nos aceitam como somos e estão do nosso lado tanto nos momentos tristes quanto nos alegres. E também nos inesperados. Convidam para um chopp só para colocar as novidades em dia, marcam um cinema, preparam uma comida que você gosta, convidam para ser madrinha do casamento, dizem se terminaram ou começaram um novo relacionamento.

Ao longo da vida, no entanto, tenho percebido que amigos, amigos mesmo não são aqueles que estão enxugando nossas lágrimas, embora eventualmente façam isso também. Mas os se entusiasmam, de todo coração, com as nossas conquistas. Isso porque geralmente as pessoas querem te ver bem, mas nunca melhor do que elas. Portanto, valorize as pessoas que ficam felizes com o seu sucesso.

O lançamento de um livro, uma promoção no trabalho, um aumento de salário, uma viagem incrível, o começo de um curso, a mudança de emprego, a compra de um imóvel, a troca do carro, um novo empreendimento. Não importa. Aquele que parabeniza, aplaude, encontra um tempo para estar presente e quer brindar as novas conquistas é amigo de verdade.

Amigos não duvidam da nossa capacidade e ficam felizes com a nossa felicidade. Não ficam curiosos para saber quanto custou, quem ajudou, se foi você mesmo que fez nem fazem comentários depreciativos e indelicados. Também não ficam dizendo o quanto são melhores, fazem mais bem feito e mereciam ter tido a mesma “sorte”.

Cuidado com quem está presente apenas nos momentos de tristeza. Convidar para beber, jogar conversa fora, contar meia dúzia de piadas ou dar uma volta por aí qualquer um pode fazer. Não precisa ser amigo, melhor amigo, amigo do peito. E pode ser muito divertido também. Mas não vale confundir camaradagem com amizade.

Os amigos que valem a pena guardar do lado esquerdo do peito estão lá quando você vence. Quando você acerta. Quando você consegue. Quando você conclui uma etapa. Quando você está feliz. Porque quando a gente ama a felicidade do outro é a nossa também. E amizade é amor.

Crônica publicada no Amor Crônico em 4 de julho de 2016.

Sobre a autora Todas as publicações

Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

Deixe uma resposta

Your email address will not be published. Required fields are marked *