Sou privilegiada por trabalhar numa cidade com o Rio de Janeiro. Pessoas bonitas, happy hour praticamente todo dia, livrarias magníficas, bons restaurantes e lojas. Privilégio ainda maior é morar numa cidade como Niterói. Atravessar a Baía de Guanabara, já é, por si só, uma terapia.
Poderia escrever infinitos parágrafos sobre a beleza da minha cidade. Descrever suas ruas, seus pontos turísticos. Mas isso não seria o bastante. Quem mora aqui sabe do que eu estou falando. É a cidade grande, com espírito de cidade do interior. As pessoas ainda se cumprimentam, mesmo quando não se conhecem – se bem que aqui todo mundo se conhece!
Tenho tido muitas reuniões em minha cidade das últimas semanas. Cada uma delas me remete a uma lembrança. A um período inesquecível da minha vida. Hoje passei em frente ao meu antigo colégio…época de overdose de sundae de chocolate, faltar aulas para namorar no shopping.
E a Ponta D’ Areia? O bairro, de ruas estreitas e casas antigas, era praticamente o quintal da nossa escola. A vila Pereira Carneiro, com sua igreja no alto, a praça, a amiga Kelly…parece que foi ontem!
Mais tarde, ao passar pelo Gragoatá, olho para a UFF e lembro da monografia! Lembro também do chope às quintas-feiras e do meu amigo de copo, o Cigano. Imediatamente, envio um torpedo para ele, “Estou com saudades!”, dizia. Ele foi um incentivo e tanto para que a pós-graduação não fosse interrompida!
Aqui as pessoas não se perdem. A gente vive se esbarrando com colegas de colégio, amigos dos amigos. É sair à noite, sozinho, e logo já estar dançando num grupo. É não ter com quem voltar e arranjar uma carona…não vou conseguir explicar, só quem mora aqui vai ser capaz de compreender.
Como se não bastasse ser canceriana, estou com TPM – isso justifica o post meloso?