Dificilmente vejo televisão. Não contem comigo para discutir o capítulo de ontem da novela, teste de fidelidade (o que é isso?) ou Pânico na tv, porque nunca assisti Pânico na tv e não tenho idéia do que seja. Há muito tempo não sei o que é Domingão do Faustão, Gugu Liberato ou Fantástico.
Para não dizer que não uso o aparelho de tv para nada, eu assisto GNT. É fútil, despretensioso e divertido. Eu já tinha lido um livro da Fernanda Young, gostei muito e fiquei curiosa para vê-la no Saia Justa, com Mônica Waldvogel, Rita Lee e Marisa Orth. E assistia sempre.
Sou preconceituosa no que se refere à tv e livros. Aos 13 anos me apaixonei por Eça de Queiroz, Mário Quintana e Clarice Lispector e, desde então, nunca mais li Paulo Coelho ou qualquer outro livro de auto-ajuda. Leio para refazer perguntas, não procurar respostas.
Houve uma época em que lia cinco jornais por dia, hoje em dia não leio nenhum. Que me desculpem os profissionais desta área, mas, infelizmente, o jornalismo brasileiro está cada vez mais decadente e empobrecido. Quanto mais eu lia, mas desinformada ficava, já que os “furos de reportagem” eram sempre os mesmos.
Apesar de ouvir todo tipo de música, só compro cd’s de MPB. Karla Sabah, Adriana Calcanhoto, Jorge Vercilo, Djavan, Ana Carolina. Mentira. Compro Jota Quest, Cidade Negra, Cazuza, Lulu Santos, Charlie Brown Jr e Kid Abelha também. Eu gosto de música nacional. Música com nosso sotaque. Musica feita por algum de nós.
Por falar em nós, brasileiros, eu gosto de assistir filmes nacionais. E filme, para mim, é no cinema. Recuso convites do tipo: “vamos alugar um filme e assistir na minha casa”, a menos que o intuito não seja mesmo assistir filme algum.
Já fui chamada de bicho-grilo. Já fui chamada de intelectual. Já fui chamada de polêmica. Já fui convidada para fazer parte de partido político. Estão todos errados. Estão todos certos.