Eu gosto de músicas que um monte de gente não gosta. Sou considerada brega pelos meus amigos. Pelo meu filho também, que adora rock e tem mania de implicar com as dores de corno nacionais. Pagode, funk, sertanejo, forró, samba – mesmo branquela, sei sambar. Chamem de brega, de dor de corno, do que quiserem. Eu não me envergonho, porque não posso ter vergonha do que sou. E ouvir Roberto Carlos, Fábio Júnior, Fagner, Xitãozinho e Xororó, Roupa Nova, Revelação, Alcione e Zeca Pagodinho não pode ser um pecado tão imperdoável assim. Assumo. Assumo também que tenho um tombo por Lenine, Nando Reis e Paulinho Moska. Mas esses cantam música de “verdade”, né? Como se não houvesse, para todos os momentos da nossa vida, uma música que se encaixe per-fei-ta-men-te. Não sei a sua, mas a minha vida é feita de altos e baixos, muito e pouco, preto e branco, tristeza e alegria, brega e chique. Minha vida vai do funk a música erudita – acho que não expliquei, mas que todo mundo entendeu.
Estou escutando Sou dela, imaginando que um dia alguém irá cantar pra mim!
Update:
Precisando de cuidados médicos. :´)