Eu adoro palavras. Escrevo em tudo quanto é canto e leio qualquer coisa. Embalagem de shampoo durante o banho, pote de margarina enquanto tomo café, cartazes, folhetos, jornais – incluindo classificados.
Às vezes fico nervosa por ter essa compulsão, tento olhar para o outro lado, fazer outra coisa, mas é mais forte que eu e continuo lendo palavras que de nada servirão para a minha vida. Cada louco com sua mania, não é mesmo? E essa é uma das minhas.
Agora imagina: se a internet já é viciante para quem não gosta das palavras – e escrevem errado, mudam a grafia das pobres coitadas e inventam idiomas imcompreensíveis – para quem gosta, então, é um paraíso. Ou seja, eu acho a internet o máximo.
Eu encontro de tudo, leio todo tipo de futilidade e ainda contribuo com a superficialidade que há na rede escrevendo as minhas palavras, do meu jeito. No blog, no site, no orkut e, claro, no twitter – que é apaixonante. Eu acho muito bom escrever frases soltas. É como falar sozinha sem que ninguém me ache louca.
Eu me divirto. Ou melhor, me divertia. Houve uma queda de energia (culpa da ilustríssima Ampla) o computador pifou e sou, praticamente, uma indigente virtual, o que tem sido muito doloroso. Não posso responder os leitores do site, conto com a ajuda das amigas burraldas (obrigada!) para quem mando o que escrevo, não dou conta de responder o twitter e o orkut, então, está abandonado.
Tem mais: não posso mandar minhas palavras multicoloridas para o meu caixeiro-viajante. Nem conversar com ele todas as noites antes de dormir. Quer dizer, ainda conversamos. E vou mandar a conta do celular para a Ampla, que tal?!
Isso tudo foi só para dizer que dentre os muitos presentes que já recebi do meu palhaço-comediante-andante, dois deles são muito especiais: um bloco novinho em folha e uma caneta verde. Preciso dizer que agora que sou uma excluída digital tenho usado bastante os meus presentes?
Vou precisar de um sem-número de blocos e canetas. Tão verdes quanto os meus olhos.
(Obrigada por ser assim…sutil.)