Atualmente, A Geração Superficial – O que a Internet Está Fazendo com os Nossos Cérebros, escrito por Nicholas Carr, é um dos meus livros de cabeceira. E só vou terminar de ler, porque não gosto de deixar nada pela metade.
O autor relata descobertas científicas sobre o funcionamento do cérebro humano e afirma que a internet influencia negativamente o no nosso raciocínio. Ele acredita que quem navega na rede não consegue se concentrar em textos longos, não lê livros atentamente e não consegue pensar com profundidade sobre tema algum.
Segundo o autor, os livros vão desaparecer, pois, por culpa da internet, as pessoas têm lido bem menos e chega a afirmar que o ser humano vai perder a capacidade mental de ler textos com centenas de páginas. Eu, que não sou favorável a generalizações e antipatizo com o pessimismo, não estou concordando com essa visão negativa dos dias de hoje – e dos dias que virão.
Os livros, tal como existem hoje, podem desaparecer, sim. Mas ganharão outro formato, não? Se os jovens não estão lendo ou não estão entendendo o que leem, a responsabilidade é apenas da internet? Prefiro acreditar que não.
Não vivo sem o Google, tenho perfis em mídias sociais, mantenho um blog há oito anos e, pelo menos até agora, consigo ler centenas de páginas. Leio muito, sobre os mais variados temas. Adoro livros e não vivo sem eles. Também leio inúmeras revistas e artigos. E ainda escrevo bastante.
Prefiro o olhar mais brando e otimista dos autores Don Tapscott e Clay Shirky. Àqueles que querem conhecer um pouco mais sobre as redes, as mídias sociais e sua influência indico a leitura dos livros A Hora da Geração Digital (Don Tapscott), A Cultura da Participação e Eles vêm aí – O poder de organizar sem organizações (ambos de Clay Shirky).
Tenho um olhar mais otimista sobre a internet e os jovens que nasceram em meio a essa tecnologia, porque, querendo ou não, o novo sempre vem. E a mudança não é, obrigatoriamente, sempre para pior.