A primeira coisa que faço ao comprar a Revista Claudia é ler a coluna da Danuza Leão. Sou fã. Admiro a maneira desencanada com que fala sobre todas as coisas, o respeito que tem com a própria vida e a sua maneira de ser e de assumir o que é. Ela se permite. Ou ainda: se permitiu ao longo da vida e hoje não sente culpa. Quer liberdade maior que essa? Já li várias de suas colunas e alguns livros. E cada vez gosto mais. Ela admite que não é – e nunca foi uma mãe exemplar (quem é, afinal?), que tem sentimentos ruins, que às vezes prefere a sua solidão à companhia das pessoas – mesmo daquelas que ama verdadeiramente, que não vai a um lugar apenas por convenção e tantas outras coisas. Seus livros são muito engraçados. Bem, eu acho. Os de etiqueta então são bárbaros. Normas e regras existem para facilitar a vida em sociedade, mas algumas vezes não é necessário cumprir tudo à risca, não é verdade? E isso ela explica de forma leve, engraçada e verdadeira. Eu sempre me divirto com os textos dela e, de uma forma ou de outra, acabo extraindo alguma coisa.
