O rei, Roberto Carlos

Este ano realizei um sonho: ir ao show do Roberto Carlos. Ele atrasou 1h30min, eu passei um frio inexplicável naquele Maracanãzinho lotado e, acabado o show, eu saí mais fã. Ele é carismático, engraçado, espirituoso, tem uma presença de palco marcante, interage com a plateia e a domina. De um jeito difícil de explicar. Eu, sinceramente, não consigo entender o fascínio que ele exerce sobre seus fãs. Ele não é jovem, não é um galã de cinema, não tem uma voz deslumbrante. E lançou apenas DUAS músicas inéditas este ano. Mas ele tem estrela. Tem carisma. Tem alguma coisa que não sei bem, mas que só ele tem. Vi pessoas chorando, pessoas entusiasmadas, pessoas felizes, pessoas encantadas. Alguns faziam declarações, outros gritavam, alguns seguravam cartazes, outros faziam coreografias. Tudo igual e, surpreendentemente, muito diferente dos shows que estou acostumada a ir. Não eram fãs as pessoas que estavam na plateia, eram súditos. Disciplinados, educados, participativos. Eram velhos e jovens, homens e mulheres, cantando em uma só voz TODAS as músicas. Existia brilho no olhar das pessoas. Existia emoção. Existia devoção. Existia respeito. Existia algo diferente ali. Que, volto a dizer: eu não sei explicar. Mas me fez entender o porquê ele é chamado de Rei. Quando a gente ouve Emoções, Outra Vez ou Como é grande o meu amor por você, com o Roberto Carlos no palco, em pessoa, só existe uma coisa a ser feita: se deixar levar pela emoção. Afinal de contas, são tantas emoções…