Todos os dias o mundo nos apresenta uma série de coisas das quais podemos reclamar. Ao ir para o trabalho a gente se depara com um transporte público de péssima qualidade ou engarrafamentos quilométricos. Ao abrir os jornais, as notícias de sempre: Educação precária, sistema de saúde ineficaz e ineficiente, corrupção e uma violência sem fim.
Sem contar as coisas “menores” que também irritam profundamente e nos levam a reclamar, como por exemplo: gente que ouve música sem fone de ouvido, que joga lixo no chão ou que fura fila. Motoristas que não respeitam sinal de trânsito, param em cima da faixa de pedestres, buzinam sem necessidade.
Acho, sim, que as pessoas devem reclamar quando são mal atendidas ou desrespeitadas. Uma conhecida fez uma compra online e, ao invés da televisão pela qual pagou, recebeu um travesseiro. Isso mesmo: um TRAVESSEIRO! É claro que precisa exigir seus direitos. Se todos exigissem os seus, talvez o nosso país estivesse (bem) melhor.
Por outro lado, eu acho MUITO chato lidar com gente que reclama o tempo todo de tudo. Gente ranzinza, sabe? Que olha as rosas e já fala dos espinhos, que vê o mar e reclama da areia quente da praia, que lê uma notícia e já critica os meios de comunicação, que reclama quando está sol e também quando chove ou faz frio, que tem sempre um problema pior do que o seu – ou de qualquer outra pessoa.
Algumas pessoas vivem com suas nuvenzinhas tempestuosas em cima da cabeça, sem perceber que entre reclamar e querer solucionar um problema existe uma grande distância. Sem se darem conta de que a maneira como lidam com as situações que lhe são impostas é que determinam a grandeza de seus problemas.