Você lembra do dia em que conheceu seu parceiro, começaram a sair e resolveram namorar? Lembra da ansiedade para chegar a hora do encontro, do coração disparado a cada mensagem, das mãos suadas, da insegurança que sentia? Mesmo que esteja sozinho agora, provavelmente já se apaixonou algum dia e passou por essas situações.
A paixão é imediatista, desesperada, insegura e nos tira um pouco a razão. Já o amor é calmaria, aconchego e paz. É o que fica depois que o coração deixa de disparar com uma ligação, as mãos não ficam frias a cada encontro e esperar a hora de ver a pessoa querida não vira um desespero e, ainda assim, você ainda sente vontade de compartilhar os momentos com esse alguém.
Amor é colo, carinho, cuidado, silêncio, música fora do tom, cabelos despenteados, olhos marejados, segredos confessados, planos partilhados. É espontaneidade. É não se preocupar em mostrar o que é. E ser, simplesmente. É não precisar esconder os seus sentimentos, é confiar, é ser verdadeiro.
Pessoas que se amam se desentendem, discordam, enfrentam problemas. Mas estão juntas. Torcem uma pela outra. Levam a calma quando o outro está uma pilha de nervos, percebem quando há dor por trás de um sorriso, são poesia quando tudo parece sem vida e sem cor, dão a mão quando o outro acredita estar sozinho.
No entanto, mesmo amando muito, o relacionamento não é perfeito o tempo todo. Ninguém corresponde integralmente aos ideais e expectativas do outro. Mas amar é reconhecer a relação tal como ela é, enxergar os defeitos do outro e continuar com vontade de compartilhar a sua vida e percorrer caminhos comuns.
Se faz sofrer, gera insegurança, é conturbado, traz receios, te deixa fora de si, não é amor. Por mais que você goste do outro e seja correspondido, isso não é amor. Pode ser atração. Ou paixão. O amor traz calmaria e paz ao coração. Que você vai reconhecer quando sentir.
Crônica publicada no Amor Crônico em 24 de julho de 2017.