É difícil definir o que é amor, traduzir em palavras, identificar exatamente o que o outro sente, se certificar de que é correspondido na mesma proporção. O amor é subjetivo. É demonstrado diariamente e explicitado em gestos, palavras e comportamentos. Saber o que NÃO é amor, no entanto, é mais fácil.
Uma relação saudável não é uma relação perfeita. Todo relacionamento passa por momentos de turbulências, divergências, brigas, discussões, afastamentos, mágoas. Não há mar de rosas permanente, porque estar ao lado de alguém não é – e nunca será – uma tarefa fácil. Pelo menos não o tempo todo.
Como perceber, então, que a relação não é saudável? Ou que o amor não está presente? Responda honestamente: você pode contar com a pessoa que ama? Sente segurança, amparo e tem a sensação de que pode ser você mesmo? Ter certeza de que que a pessoa que escolheu para viver te incentiva, impulsiona, acolhe e faz parte do seu time é experimentar o amor.
Se, por outro lado, você tem medo de falar alguma coisa, esconde seus sentimentos, é desestimulado pelo parceiro toda vez que tem um novo objetivo, sofre chantagem emocional, é alvo de humilhações, é vítima de algum tipo de intimidação e nunca sabe como lidar com o outro por medo de suas reações, é hora de avaliar essa relação.
Gostar de alguém pode impedir de ver com clareza os comportamentos inadequados e abusivos do parceiro, mas quanto mais reparar na forma como as coisas são ditas, e não apenas o que é dito, aumenta a probabilidade de identificar se a relação é saudável ou não. Conviver durante muito tempo com quem lhe faz mal causa mal-estar físico e mental, além de trazer uma sensação de culpa pela desarmonia da relação.
Procurar o bem-estar na vida amorosa é fundamental para todas as áreas da vida. Por isso não aceite um relacionamento qualquer, invista numa relação que merece ser vivida. Que traga paz, amor e satisfação. Ame e sinta-se amado.
Crônica publicada no Amor Crônico em 8 de outubro de 2018.