Faz tempo que evito ler notícias e assistir telejornais. Mas, num mundo conectado como o nosso, trágicas notícias chegam a meu conhecimento. Todos os dias. O serial killer de Goiás, a mulher que tortura a suposta amante do namorado, padrasto que tortura a enteada, criança que sofre abuso sexual. Só para citar algumas.
Em meio a tudo isso, as eleições. Mesmo optando por não assistir nenhum debate, soube de coisas horrorosas proferidas pelos candidatos, inclusive (ou principalmente?) os presidenciáveis. E tenho visto, diariamente, pessoas se ofendendo em nome de seus candidatos. Os que exigem educação dos demais são geralmente os mais raivosos. E eu não consigo entender.
Por que o ódio? Por que a violência? Por que o desrespeito? Por que o preconceito? Por que o racismo? Por que a discriminação? Por que o machismo? Por que a raiva? Por que o mal? Por que a injustiça?
Acredito de todo coração, que, apesar de tanta coisa ruim, existe uma quantidade maior de pessoas boas do que de más. Caso contrário, o mundo estaria bem pior. E é para as boas pessoas que desejo fazer um pedido: não desistam do mundo e espalhem amor por aí.
Não nos calemos ao assistir uma injustiça, não vamos fingir que não vimos uma agressão. Vamos explicar aos amigos que vingança é algo bem diferente de justiça. E tenhamos em mente que um pouco de gentileza, educação e empatia não fazem mal a ninguém.
Eu não sou louca a ponto de acreditar que combateremos a criminalidade dessa maneira. Só estou tentando dizer que podemos tornar melhor o dia de alguém. Que pequenas delicadezas podem ter um valor inestimável para o outro. E, principalmente, que vivemos melhor quando acreditamos que o bem vence o mal e que o amor é maior que o ódio.
Principalmente nos momentos em que as notícias são tão estarrecedoras que nos levam a perder a fé na humanidade, precisamos lembrar que o amor nos mantêm vivos e nos motiva a seguir em frente. Sempre.
Texto publicado por mim no blog Amor Crônico em 17 de outubro de 2014.