Para quem diz que homofobia não existe


Esta semana mais um caso de homofobia foi noticiado: um casal gay foi espancado dentro do metrô de São Paulo, porque trocava carinho em público. E porque demonstrava afeto foi expulso do vagão a socos e pontapés e um dos rapazes vai passar por uma cirurgia.

Infelizmente, esse tipo de violência é bastante comum em nosso país. E muitos insistem em afirmar que homofobia não existe. Dizem que os gays lutam por privilégios, que reclamam demais, querem aparecer, exageram. Agora pergunto aos heterossexuais: vocês já foram agredidos por demonstrarem carinho ao companheiro em público? Por beijar em público? Eu nunca. E não conheço ninguém que tenha sido.

É muito triste e vergonhoso viver numa sociedade que reprime a socos e pontapés uma manifestação de amor, enquanto as de violência são filmadas sem interferência, divulgadas nas redes sociais e servem de entretenimento para muitas pessoas. Uma sociedade que desliga a televisão para o filho não assistir beijo gay, mas deixa que ele permaneça na sala nas cenas de violência.

Não vou deixar de sonhar com uma sociedade justa e igualitária. No entanto, notícias como essa demonstram que esse mundo está cada vez mais longe de existir. A homofobia existe e fazem questão de ignorar. Assim como o racismo e o machismo nosso de todo dia. E não dá para construir um mundo melhor ignorando a diversidade e desrespeitando os direitos das pessoas.

E eu não vou me adaptar a esse mundo doente. Nunca.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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