Criei histórias, me afoguei em ilusões e me perdi em sonhos. Romântica e ingênua, imaginei histórias que envolviam nós dois. E sonhei por nós dois, sem me dar conta de que sonhos são individuais, únicos e intransferíveis.
Acordei. Foi doloroso perceber que você não é mais o menino assustado com quem estive algum dia. O menino que eu tanto conhecia e amava. O menino com quem compartilhei meus planos e dividi minhas ilusões.
Você cresceu e é hoje um homem irreconhecível, enquanto eu não passo da mesma menina de anos atrás – com uns anos a mais. Meu coração não endurece com o passar dos anos, nem meus sonhos ou minha alma.
Foram anos de expectativas: um dia, um adeus. Adeus, formal e frio, como os adultos preferem e entendem. É o fim, porque precisamos nos desprender de uma ilusão para começarmos a sonhar outra vez.
Desculpem se não me fiz entender. Talvez algum dia seja capaz de explicar.
Antes que se preocupem: estou ótima! 😉