Cartas pra ninguém

Faço rabiscos, desenhos corações, cubos e estrelas; escrevo meu nome, frases desconexas e poemas infantis. É assim o tempo todo, mesmo em meio a milhão de tarefas cotidianas e preocupações constantes. É assim para não pensar, é assim para ocupar o tempo, é assim para me acalmar.

Eu me relaciono com cada um dos papéis que chegam em minhas mãos, eles recebem o meu nome, ganham uma assinatura ou são presenteados com um desenho qualquer. Não vivo sem papel e caneta, embora seja uma fervorosa defensora da tecnologia.

Escrevo cartas, envio cartões postais, mando cartões em datas comemorativas, adoro aerograma, uso sedex. Tem coisa melhor do que receber algo manuscrito? Sou figurinha conhecida na Agência dos Correios, cliente antiga – que os funcionários sabem o nome e já vão logo perguntando pela família toda.

Hoje, especialmente, deu uma vontade enorme de escrever algumas linhas, ir até a agência de correios e te enviar um pouco de mim em palavras tortas e letras garranchadas num envelope colorido. Como você me receberia?

Update:

Obrigada a todos aqueles que lembraram do meu aniversário (tudo bem, eu fiz questão de que não esquecessem). Adorei todos os torpedos, telefonemas, cartões, presentes e flores que recebi. Fiquei feliz de verdade.

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Eu sei que estou sumida e blog está às moscas.

O mundo real está me ocupando demais!

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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