Eu não tenho um melhor amigo e me orgulho disso. Fazem parte da minha vida amiga que conheci com um ano de idade, amigos que estudaram comigo no Jardim de infância, amigos desde a alfabetização, amigos que conheci na faculdade, amigos que conquistei no ambiente de trabalho, amigos-familiares, amigos-vizinhos.
Impossível afirmar se eu os escolhi ou se fui escolhida por eles. Sei que conto com pessoas especiais para compartilhar crepe de palmito, dividir caipivodka de morango, beber redbull num sábado à noite, servir de co-piloto, trabalhar como manobrista, chupar pirulito na rave, viajar no carnaval, comer pizza num domingo sem graça, pegar sol num lindo dia de sol, assistir filme infantil.
Pessoas especiais em momentos alegres, mas, principalmente, em situações adversas. Sempre têm um ombro amigo, palavras carinhosas e chocolate com amendoim quando o mundo parece perder o sentido. Pessoas que se calam quando preciso e puxam a orelha quando julgam necessário – porque elas podem.
Não é fácil manter uma amizade ao longo dos anos, porque não é fácil conviver com mudanças geográficas, transformações pessoais, preocupações com a vida profissional e tantas outras alterações que acompanham a atribulada vida adulta, mas somos exemplo de que isto é possível.