Eu tenho uma filha. Rosinha. É uma jabuti linda, linda, que mora conosco há mais de vinte anos – e chegou já adulta. É só ela chegar na porta da cozinha que sei que está com fome, adora ficar embaixo do meu carro e chama atenção das crianças que vão em minha casa. Uma das maiores emoções da minha vida foi chamá-la pelo nome e ela vir ao meu encontro. E minha maior frustração é ninguém acreditar nisso.
O primeiro animal de estimação que tive foi Leão, um vira-lata que meu pai pegou na rua. Depois veio Princesa, Barbie, Eros e um monte passarinhos. Rosinha conheceu todos eles. E é a única que está conosco até hoje, dividindo a casa com um passarinho que grita mais do que canta. Eu amo animais de estimação e com eles aprendi a ser responsável, sensível e cuidadosa – por mais que cresçam sempre precisam de seus pais. Os donos.
Sinto-me muito mal quando leio sobre tráfico de animais, fiquei horrorizada com a venda de animais silvestres nas estradas da Bahia quando estive por lá e acho um absurdo crianças maltratando bichinhos inofensivos – o que farão com as pessoas quando forem adultos? Também não vou a circos que fazem apresentações com animais, é uma falta de respeito e uma demonstração de falta de caráter. Animais precisam de carinho, de atenção e cuidados.
(Eu quero um irmãozinho para Rosinha.)
(Quem vai me dar um cãozinho?)
*Quando dei por mim, já era o último dia de agosto!