Eu e ela, a TPM

Como a maioria das mulheres, quando estou com TPM fico fora de mim. Sinto vontade de chorar, às vezes quero gritar, tem horas que tudo que mais desejo é sumir. Qualquer barulho me incomoda, quero comer todo chocolate da face da terra, perco a paciência por tudo e por nada. Tem meses que sinto dores nas pernas, em outros fico mais inchada do que grávida, às vezes os seios doem.

Já fiz alguns tratamentos para amenizar esses sintomas, mas não obtive sucesso e hoje convivo, sem um analgésico sequer, com essa revolução. Ninguém nasceu para sentir dor, nem eu, claro, mas chegou um momento em que os tratamentos me deixavam mais ansiosa do que os próprios sintomas e preferi não ir “contra” a (minha) natureza.

Como tudo nessa vida, TPM não é só dor e desconforto. Nesse período fico mais lúcida, enxergo com mais clareza as situações à minha volta e sei exatamente o que quero e o que não quero. É uma semana inteirinha de desequilíbrio emocional e, por mais contraditório que isso possa parecer, total controle das minhas vontades.

Agora, que esse período passou, afirmo, com toda certeza, que tomei as decisões mais acertadas, que agi da maneira mais prudente, que disse o que deveria ter sido dito – mesmo que da forma menos adequada, porque a ebulição hormonal não me permite dosar as palavras.

Minha menstruação é minha amiga e conselheira.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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