COMO SER ADULTA

Como boa canceriana, eu guardo muitas lembranças. E, menina, achava que aos 25 anos estaria casada, com filhos, morando longe dos pais e totalmente decidida quanto a vida profissional. Passei dos 25. Fiz 29 no último dia 22 e me vejo tão diferente. Eu ainda sou uma menina! Tenho um filho, mas moro com meus pais. Nunca casei. E nunca conheci alguém com quem pensasse em casar. E olha que alguns namoros foram longos! Criança, achava que bastava fazer uma faculdade e pronto. Agora vejo que estudaria todas as ciências do mundo se pudesse. Talvez eu consiga. Resolvi até fazer vestibular novamente. Adoro RH – aliás, alguém tem um emprego aí pra mim? E coloquei na cabeça que serei psicóloga também. A verdade é que estudaria tudo se pudesse. Amo discussão. Papo cabeça. Pesquisas. Leio muito. De tudo. E tenho uma curiosidade ainda infantil sobre o mundo. Aquela ânsia de buscar respostas, mas principalmente, refazer perguntas. Por vezes perguntam se sou jornalista. Deve ser por essa mania de perguntar tudo, conhecer muita gente, escrever num site e ter sempre um bloco e canetas na bolsa. Numa sala de espera, se eu não estiver lendo (mesmo revistas de 1930!) estou escrevendo. Será que a menina que fui teria orgulho da mulher que sou? Ela era tão séria, tão tímida e tão CDF que desconfio que não.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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