Então é Natal…

A cada ano que passa somos lembrados mais cedo de que o Natal se aproxima e o ano está chegando ao fim. Luzes coloridas, árvores de Natal, papais noéis, cartazes, propagandas. Dezembro é um mês marcado de pedidos para caixinha, compras de presente, confraternizações e amigos ocultos. Mas o Natal pode ser muito mais.

É tempo de repensar nossas vidas, agradecer por nossas conquistas, abraçar pessoas queridas, escrever para amigos distantes. E, por que não?, fazer o bem sem olhar a quem. Não precisa ter muito para fazer alguém feliz – ou menos triste. Basta separar roupas usadas, doar brinquedos esquecidos (e ainda novinhos!), comprar uma cesta básica. Ou compartilhar a sua farta ceia com aquela pessoa que está, sozinha, ao relento, do outro lado da calçada.

Não é errado desejar um carro zero quilômetro importado, uma ilha maravilhosa para passar o fim de semana com os amigos, uma cirurgia plástica, uma viagem à Europa. A gente merece. Merece, porque é uma boa filha, uma boa mãe, uma profissional exemplar. Merece, porque não rouba, não mata e não cobiça o homem da próxima. Merece, porque é humana e como diz a música, gente é para brilhar, não para morrer de fome.

Só que é Natal e, no Natal, a gente não consegue esquecer, nem por um segundo, com o barulho das panelas, o cheiro dos temperos e a euforia para arrumar a casa para ceia, que muitos passam fome. Que muitos estão desabrigados. Que muitos perderam familiares queridos. Diante disso, nos sentimos pequenininhos querendo tantas milhares de coisas, maravilhosas, sim, mas não essenciais.

Essencial é abraçar, beijar, sorrir, ver e enxergar, andar, falar, dançar. Poder sentir o cheiro de terra molhada, andar com pés descalços na areia da praia, ter amigos, chegar em casa e ter quem nos espere. É ter um cantinho para voltar depois de um dia exaustivo de trabalho. É ter quem presentear e dizer “Feliz Natal” quando dá meia-noite e os fogos de artifício começam a iluminar a cidade.

Eu quero muita paz, amor, saúde, prosperidade. O fim das guerras, da miséria e da fome. Crianças nas escolas, ao invés de vender balas nos sinais. Um mundo sem violência para educarmos nossos filhos sem medo. E desejo tudo isso a todas as pessoas do mundo, porque, conforme vamos crescendo, nos damos conta de que não vivemos numa ilha e não é possível ser feliz sem que mais pessoas estejam.

Tenho certeza que esse desejo não é só meu. Então vamos tentar ser pessoas melhores a cada dia, apreciar tudo que temos e ajudar na construção de um mundo cada vez melhor. E o nosso mundo começa dentro da gente.

Tenham um Feliz Natal!
(E um Ano Novo repleto de realizações!)

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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