Emoção

Ontem fui a UERJ e reconheci, no meio de tanta gente, os alunos recém-chegados. Destoam na multidão, porque carregam sonhos ao invés de mochilas. Minutos depois reencontrei uma amiga da época em que a recém-chegada era eu. Fiquei emocionada quando ela escreveu meu nome. Poucas pessoas escrevem meu nome certo. Ela escreveu. Mesmo dez anos após a conclusão do curso. Peguei um táxi. O motorista era um senhor baixinho, de cabelos grisalhos e cara de avô. Quando a filha ligou para saber se estava tudo bem ele marcou de encontrá-la no meio da tarde. Iria deixar de trabalhar por uns instantes para dar atenção à família. Achei emocionante. Meu namorado enviou uma mensagem de texto no momento em que pensava nele. Quase chorei. De emoção e saudade. Liguei para o meu filho, ouvi aquela voz, ora fina, ora grossa, e fiquei emocionada. Ele está crescendo. E muito mais rápido do que eu podia imaginar. Durante a leitura de Caim eu também me emocionei. A verdade é que quase fui às lágrimas em diversos momentos do dia. Momentos singelos. Simples. Corriqueiros. Mas meus olhos conseguiram ver e reparar.

(Talvez seja só TPM.)

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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