Basta observar a maneira como as pessoas se expressam para perceber que falar, diferente do que muitos pensam, não é uma tarefa fácil. Muitas pessoas se calam, ficam com olhos marejados, não defendem suas opiniões e passam incógnitas, quase invisíveis.
Em outro extremo vemos pessoas cuspindo suas verdades, dizendo o que querem sem se preocupar com quem ouve, gritando, falando alto, impondo suas opiniões – como se fossem as únicas existentes no mundo. Para piorar, ainda se consideram sinceras.
Pessoas que sabem ouvir, se colocam no lugar do outro, se importam com o sentimento alheio e falam o que pensam – e o que sentem – com objetividade, clareza, respeito e empatia é coisa raríssima.
A fala é vista como uma expressão de poder, onde cada um de nós quer fazer valer a sua opinião, defender seus pontos de vista e conseguir a aprovação do outro, onde concordar com o outro pode significar perda da razão e, talvez por isso, muitos se esmeram em fazer valer o que consideram certo.
Certo e errado, verdade ou mentira, importante e insignificante são, de certa maneira, julgamentos subjetivos, criados a partir de nossas crenças e valores. Quando nos expressamos através de palavras todas as nossas diferenças vem à tona – e muitos se esforçam para provar que estão certos, enquanto quem sente, vê e julga algo diferente está errado.
Falar bem exige, acima de tudo, que tenhamos capacidade de ouvir. Sem julgamentos, sem preconceitos, sem mágoas, sem angústias, sem ânsia, sem raiva. O que, convenhamos, não é fácil para quem é humano. E sente, sofre, se alegra, quer compartilhar o que julga certo e demonstra sentimentos enquanto fala.
Acredito que saber ouvir e reconhecer seus próprios sentimentos sejam passos importantes para melhorar a comunicação oral, tão banalizada atualmente.
Oi Gisele, adorei o ermo Tepeêmica…rs…e o blog tb.
😉