Consideramos justa toda forma de amor

Esta semana eu assisti a um vídeo que partiu meu coração: a atriz Ana Karolina Lannes, de 13 anos, filha de um casal homossexual, relatando que, certa vez, estava ouvindo uma rádio e o apresentador começou a julgar sua vida, afirmando que ela teria problemas psíquicos e físicos, que não é “normal” ter dois pais, que, certamente, ela será lésbica quando adulta e outras coisas mais.

Assisti também a um vídeo em que o menino Theo Chen, de 12 anos, faz um desabafo sobre o preconceito contra homossexuais. Por ter um canal no youtube ele passou a ser alvo de bullying na escola. Passou a ser chamado de gay, bicha, viadinho. Aos 12 anos de idade, sem que tenha tido qualquer experiência sexual, ele sofre preconceito.

O que leva algumas pessoas a agredirem homossexuais? O que leva as pessoas protestarem contra o casamento gay? A se mobilizarem a favor “da família tradicional”? A dizerem que “agora eu não vou ouvir Daniela Mercury, porque ela casou com uma mulher”? Definitivamente, eu não consigo entender.

Sou heterossexual e nunca tive qualquer experiência homossexual. Estou noiva e vou casar com um homem. Mas ser diferente de mim é um direito que as pessoas têm e, por isso mesmo, defendo que os homossexuais sejam tão respeitados e aceitos quanto eu, que possam andar na rua livremente, frequentar qualquer ambiente, casar e ter filhos.

Considero muitas coisas erradas nesse mundo: roubar, matar, violentar mulheres, não parar na faixa de pedestres, dirigir bêbado, comprar produto roubado, desviar dinheiro público, fazer propaganda enganosa são alguns exemplos. Agora, quem o outro leva para cama diz respeito a quem? Em que isso interfere na vida dos outros?

Eu nunca fui desrespeitada por homossexuais e, até onde eu sei, eles não ficam nas ruas espancando casais hétero que se beijam ou estão andando livremente. Então, por que tanto ódio contra eles? Por que não se voltam contra pais que abusam das filhas? Contra maridos que espancam suas companheiras? Contra homens que não reconhecem seus filhos? Contra pais que abandonam suas crianças?

Vocês que fazem piadinhas sobre homossexuais, são contra a união civil entre pessoas do mesmo sexo, discriminam crianças que têm dois pais ou duas mães, parem. Vocês estão fazendo tudo errado. De violência, ódio e guerra o mundo está cheio. O mundo precisa é de amor. Deixe que amem. Alguém do mesmo sexo ou alguém do sexo oposto, pouco importa. Somos todos humanos.

Texto publicado no dia 31/5/2013 no blog Amor Crônico.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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