Felizes para sempre

A maior parte das pessoas sonha em encontrar um grande amor. A alma gêmea, metade da laranja, tampa da panela, aquele ser especial que fará seu coração bater mais forte e dará mais significado aos seus dias. Talvez influenciadas pelos contos de fadas, que terminam quando o príncipe e a princesa se casam e “foram felizes para sempre”. E, verdade seja dita: muitos acreditam que uma história de amor termina quando encontram a quem amar.

Na vida real, longe dos filmes da Disney e livros infantis, é justamente quando as pessoas se comprometem uma com a outra que a história começa. E não importa se teve festa, igreja, troca de alianças, documento assinado. Relacionamentos amorosos são muito mais do que convenções sociais.

Para estar junto é preciso querer muito. Mas não adianta querer sozinho, o outro precisa querer também. E, todos os dias, é preciso demonstrar que você ainda quer ficar ao lado daquela pessoa. Não com palavras, frases de efeito, cartões, buquê de flores e presentes. É algo mais, que talvez eu não saiba traduzir em palavras, mas que, certamente, quem ama sabe como que é.

A convivência, o dia a dia e a rotina, eleita por muitos como a vilã dos relacionamentos, é na verdade, o que faz com que um relacionamento exista. Você pode alegar que existem casais que vivem em casas separadas, namorados que se relacionam a distância, mas pensa comigo: o que faz com que seja um casal? A vida cotidiana, meu bem. Aquele monte de planos em comum, sonhos que sonham juntos e rituais que só eles conhecem. Mesmo quando não estão juntos diariamente.

Eu queria dizer tanta coisa, mas prefiro ser breve: não se iluda com o “felizes para sempre”. É claro que é possível construir uma história duradoura, que seja infinita enquanto dure – e conheço algumas que duraram para sempre. Se existe uma fórmula, uma bula, uma mágica, eu desconheço. Mas sei que pessoas que se amam, se respeitam e querem estar juntas constroem muitas coisas bacanas, inclusive uma linda história de amor.

Texto publicado em 14 de junho de 2014 no blog Amor Crônico.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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