Comprei “Azul é a cor mais quente” após indicação de algumas pessoas. Eu não tinha ideia de que era em quadrinhos, de que já existia um filme nem do que se tratava a história. E adorei. A história é triste, emocionante, envolvente. E tão bem contatada que só consegui parar de ler depois de ter terminado. O que levou aproximadamente duas horas.
Trata-se da história de uma adolescente de 15 anos que se descobre apaixonada. Por uma mulher. A partir daí algumas “amigas” se afastam, ela sofre preconceito, o pai a expulsa de casa. E, por muito tempo, a jovem se sente culpada, angustiada, diferente. Para saber como tudo isso acontece você vai precisar ler o livro. E vale a pena.
Durante a leitura do livro eu me perguntava: Por que muitos não aceitam a homossexualidade? Por que não respeitam as escolhas alheias? Por que discriminam casais homossexuais? Por que agem com tanta violência e discriminação com casais que se amam?
Sinceramente, eu nunca vou entender. Mas sei que, ainda hoje, histórias como a relatada no livro existem e transformam um relacionamento amoroso, como tantos outros, em algo diferente dos demais. Cheio de obstáculos, medos, incertezas, preconceito e culpa. Tudo porque a sociedade em que vivemos não sabe lidar com as diferenças. E exige que sejamos todos iguais.
Leia “Azul é a cor mais quente”. Depois converse com os amigos, familiares, alunos. Não podemos perpetuar o desamor, o preconceito, o ódio, a discriminação. Porque nada no mundo é mais importante que o amor. Nada. E toda forma de amor vale a pena – e sempre valerá. Aos demais cabe respeitar. Sempre.