Em nome de Deus

Fidelidade-do-homem-a-Deus

Esta semana doze pessoas foram mortas em um ato terrorista em Paris e temos lido diversas notícias sobre o assunto nos últimos dias. Uma tragédia. Mas esse não foi o único – e está longe de ser o último – crime realizado em nome de Deus.

Todos os dias inúmeras atrocidades são cometidas em nome de Deus. Na Nigéria mais de duzentas meninas foram sequestradas enquanto estavam na escola, lembram? Em nome de Alá. E até mesmo no Brasil, onde não temos, até onde sei, grupos como o Boko Haram e Al-Qaeda, várias atrocidades são cometidas em nome de Deus.

Alguns religiosos não respeitam a crença dos outros e impedem inclusive, que seus filhos tenham amigos de outras religiões. Outros são preconceituosos em relação à orientação sexual alheia, discriminam mulheres e querem impor como as pessoas devem se comportar e vestir. Como se só existisse uma maneira correta de ser: a sua.

Eu, que não tenho religião alguma e admiro profundamente a fé que as pessoas têm em Deus, seja ele qual for, não paro de me perguntar: que deuses são esses que causam tanto ódio, tanta discórdia, tanto desamor, tanta guerra, tanto preconceito, tanta intolerância?

Deixo, para reflexão, as palavras do meu escritor preferido, que era ateu:

“De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das civilizações, tem mandado matar em nome de Deus”

José Saramago

               

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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