Ciclos, urgências e espírito natalino

Independente do que o Natal significa para cada um de nós, em dezembro temos pressa de encontrar as pessoas amadas, marcar confraternizações, comprar presentes, escrever cartões e dizer às pessoas que nos são importantes o quanto as amamos. Temos urgência que o ano acabe logo e outro chegue para encher os dias de esperança.

O ano pode ter sido feliz ou infeliz, mas o desejo é comum: que ele acabe e o que vai começar seja melhor. Queremos fechar ciclos, eliminar pendências e abandonar de uma vez tudo que não tem solução. Fazer listas, planos, organizar o que pudermos e sonhar que dias melhores virão.

As pessoas são invadidas por um espírito de solidariedade que faz com que se mobilizem para ajudar um asilo, um orfanato, um pedinte na rua. Abrem os armários e se desfazem de coisas capazes de fazer a alegria de quem estava precisando justamente daquilo: uma blusa, um sapato, uma bolsa, um vestido.

É hora de fazer a limpa no armário. Mas também na vida. É preciso se desfazer de coisas que não nos servem, das relações tóxicas, pessoas inconvenientes e sentimentos oprimidos. Dezembro vem lembrar que para começar um ano realmente novo nós precisamos mudar. E por isso ele é tão mágico.

A tristeza, a saudade, a decepção, vem com toda força. E, mais do que desalento e desencanto, trazem uma vontade de fazer diferente, de não repetir os mesmos erros, de aprender, de ouvir, de dialogar e, principalmente, de amar.

Feliz Natal e um Ano Novo repleto de alegrias, realizações, saúde e amor.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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