Olhos que condenam

Cinco adolescentes do Harlem são injustamente acusados de um estupro no Central Park. Essa é a história da minissérie Olhos que condenam, baseada em uma história real, lançada pela Netflix em 31 de maio de 2019.

A série é um soco no estômago. Eu, que costumo chorar assistindo filmes e séries, não derramei uma lágrima, porque não é uma série emocionante. É revoltante. Causa raiva e indignação a cada cena. Toda vez que os meninos são obrigados a confessar o que não fizeram, quando são torturados, quando são acusados, julgados e encarcerados.

A série retrata uma situação que realmente aconteceu, em 1989, em Nova York, e nos faz refletir sobre a invisibilidade dos jovens negros, que historicamente, estão entre os que mais morrem e são encarcerados no mundo. E não dá para ignorar a realidade brasileira e pensar em quantas pessoas são acusadas injustamente e cumprem pena pelo que não cometeram.

O pesadelo vivido pelos cinco jovens Antron, Yuseff, Raymond e Kevin, condenados injustamente e absolvidos 13 anos depois, nos leva a refletir sobre preconceito, justiça, sistema carcerário. A série é necessária, pois conhecer histórias do passado e evitar que se repitam no futuro. Ou deveria.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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