Estou lendo Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, e tenho a impressão de que já li esse livro antes. Na época da faculdade, talvez, o que não tem a mínima importância. Estou absolutamente maravilhada. O livro é inspirador para todos que gostam de Educação e Filosofia, porque reflete sobre o que há de mais complexo no mundo: o homem.
O que leva uma pessoa a ser gente? O que leva o mundo a ser mundo? Qual a importância do diálogo na educação e construção da cidadania? Como a educação pode ajudar a melhorar a sociedade?
Chego a conclusão de que a obra um ato de amor. Acreditar que as pessoas podem ser melhores, que independente de onde vivem podem se tornar cidadãos críticos, que temos todos os mesmos direitos, que todas as pessoas, independente da classe social, precisam ter voz, é fantástico.
Talvez eu seja muito utópica, idealista, sonhadora, mas também acredito na Educação como forma de transformação social. “Toda pedagogia é antropologia”, como ele menciona no livro.
Em plena Didatura Militar Paulo Freire escreveu um livro onde afirmava que a opressão é um problema crônica social e que os oprimidos aceitam um mundo desigual. Foi um ato de muita coragem.
Mesmo hoje, passados muitos anos, o livro nos faz refletir sobre o que é opressão, o quanto somos opressores e oprimidos e como podemos tornar uma sociedade mais justa. Ainda não terminei de ler. Faltam umas poucas (e deliciosas) páginas, mas é sempre bom sonhar com um mundo melhor para se viver. Sempre.
Para muito além de sonhar, vale também a pena observar aqueles que lutam por seus ideais. Ideais esses que você mencionou, igualdade e justiça. Tá acompanhando o Chile? Bonito de ver.
Excelente post
bjo bjo