3096 dias de cativeiro e a desesperança na humanidade

Recentemente assisti ao filme “3096 dias de cativeiro”, baseado na história de Natascha Kampusch, que foi raptada em uma rua de Viena aos dez anos de idade e mantida em cativeiro entre os anos de 1998 e 2006. O longa narra o sequestro, o período de isolamento completo do mundo exterior, onde sofreu abusos físicos e psicológicos, até o momento de sua fuga.

O filme é muito triste e dá uma angústia enorme. O momento em que ela consegue fugir e reencontra seus pais é um alívio. Mas para saber mais sobre o filme basta acessar a Netflix. Eu quero falar da crueldade humana e de tantas Natachas desaparecidas que podem estar sofrendo nas mãos de algozes travestidos de pessoas do bem.

O pior de assistir um filme baseado em fatos reais é ter certeza de que a maldade humana não tem limites. Longe das telas de cinema são muitos acontecimentos trágicos. Jogador de futebol que esquarteja a ex, homem que mantêm a mulher em cárcere privado, pai que abusa da filha e joga fora o bebê fruto de estupro, idosos torturados por cuidadores.

Natascha foi sequestrada na Áustria. Mas todos os dias pessoas desaparecem no mundo, sem deixar rastros, deixando suas famílias desesperadas sem saber o que aconteceu. Quantas dessas devem estar sofrendo todo dia de abuso e tortura? Tortura física e psicológica? Assistir um filme como esse e saber que a história é real faz com que percamos um pouco a fé na humanidade.

Como pode existir pessoas tão más? Que não se preocupam com o sentimento alheio? Que se satisfazem com a dor do outro? Que violentam alguém e depois agem naturalmente com seus familiares, amigos, colegas de trabalho? Que escondem um lado criminoso e obscuro por tanto tempo?

Precisamos de amor no mundo.

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Giseli Rodrigues

Mãe do Lucas. Escritora. Professora. Revisora. Especialista em Letras, Recursos Humanos e Gestão Empresarial. Estudante de Psicologia. Chocólatra. Flamenguista. Pintora nas horas vagas. Bem-humorada. Feliz.

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