Eu não li o livro “Extraordinário” e, portanto, não tenho a mínima de condição de fazer uma análise entre o livro e o filme. Quem clicou neste link esperando por isso pode desistir da leitura agora.
Quem não leu o livro nem viu o filme é importante saber que a história gira em torno do menino Auggie, que tem uma deformidade facial e vai para a escola pela primeira vez. Até então ele era ensinado em casa pela mãe, mas ela resolve que é hora do menino frequentar uma escola regular.
Não é difícil prever que Auggie encontra muita resistência no novo ambiente e sofrerá bullying dos colegas. Todos nós que já frequentamos escolas sabemos que crianças não são anjos e a hostilidade está presente em toda parte. E, se muitas vezes, pessoas dentro do padrão sofrem com piadas e rejeições, imagina aquelas com qualquer deficiência.
É essa a magia do filme: abordar com leveza a dificuldade que uma criança com deficiência enfrenta e fazer com que os espectadores reflitam sobre preconceito, intolerância, desrespeito, ódio e violência. Num mundo onde o ódio está cada vez mais presente é necessário falar de amor.
É essencial que as pessoas olhem seus próprios preconceitos, revisitem suas certezas e escolham comportamentos que não denigrem, maltratem, diminuem e menosprezem aqueles que estão à nossa volta.