Zeca ficou de ligar no fim de semana, pois era aniversário de um amigo em comum e ia rolar uma festa. Não falamos mais a respeito e no dia da comemoração fui dormir cedo. No dia seguinte, três ligações não atendidas no meu celular, mas não eram do Zeca. Eram de um número estranho. Como nenhuma pessoa liga mais de uma vez para o mesmo...
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Causos da Idiotilde.
Eu adoro assuntos místicos e desde a adolescência livros sobre Astrologia e Numerologia convivem harmoniosamente na mesma estante que os de José Saramago, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Clarice Lispector, Fernando Pessoa, Mário Quintana. Isso significa que, embora nunca tenha pensado em mudar a grafia do meu nome, já calculei o nome...
Alguma coisa está muito errada, porque, por mais que estudem, homens e mulheres não conseguem compreender a linguagem um do outro. Poderia simplesmente afirmar que foi culpa da natureza humana, já que segundo pesquisa norte-americana, nós falamos aproximadamente 20 mil palavras por dia e eles, pobres-coitados, falam míseras 7 mil. Ou seja...
Com um número cada vez maior de mulheres espertas, devo desaponta-los: eu sou inteligente. Leio bastante, gosto de artes, teatro e cinema, tenho bons conhecimentos gerais e sei conversar a respeito dos mais variados assuntos, tenho um diploma de Ensino Superior, pós-graduação e MBA, hoje tão na moda e tenho a felicidade de trabalhar na área...
Eu sou Flamenguista. Fui seduzida por toda aquela alegria e euforia que tomava conta da rua em dias de jogos do Mengão, com direito a bandeiras, fogos de artifício, churrasco na casa do vizinho e aqueles menininhos (os mais lindos!) vestindo o manto sagrado. Quando o Flamengo vencia, a festa não tinha hora pra acabar e, quando perdia, era lindo...
Não foi amor à primeira vista, nem à segunda, nem à terceira. Talvez não seja, nunca tenha sido e nunca venha a ser amor. Mas isso não significa que seja uma coisa qualquer. Eu gosto de você. Gosto desde o dia em que nos reencontramos naquela festa. Desde o primeiro beijo que você me roubou naquela choppada. Desde o dia em que saímos...
É importante para dizer que não me sinto atraída por homens que fumam feito chaminé, embora já tenha beijado alguns cinzeiros ambulantes, fujo dos pinguços como o diabo foge da cruz, porque não entendo esse prazer pela cachaça e odeio homens irresponsáveis. Viver é coisa séria. Deve ser por isso que volta e meia eu acabo me envolvendo...
Quando conheci o engravatado não dei lá muita confiança. Ele não é alto, loiro, nem tem olhos azuis e, para completar a catástrofe, ainda é advogado. Mas mulher, vocês sabem, não dá muita importância a beleza, não se incomoda de usar rasteirinha o resto da vida e acha até engraçadinho aquele sotaque irritante depois que seu coração...
Eu não tenho namorado, não sou casada, nunca casei e não vivo como se estivesse a procura de um grande amor e, verdade seja dita, até torço para que ele demore mais um pouquinho a chegar. É bom ser livre. Desimpedida. Dona de minhas próprias vontades. É bom ir aonde quero, a hora em que bem entendo e, horas depois, mudar todos os planos...
Muitas vezes eu já desejei ter um coração de pedra ao invés desse todo remendado que carrego no peito. O infeliz, além de acelerar os batimentos cardíacos involuntariamente, quase pára a cada nova decepção. Eu converso, explico, mando ele não se envolver, peço para não criar expectativas, digo com todas as letras que não deve confiar...